As autoridades de São Tomé e Príncipe anunciaram que pretendem alargar os horizontes dos seus limites económicos, visto que actualmente 90% do seu orçamento de estado depende de ajuda externa. O governo pretende agora tornar o país, de 200.000 habitantes, num paraíso ecoturístico.
Esqueçam o sonho do petróleo, diz o Ministro das Finanças Américo de Oliveira Ramos, que acredita que o país não pode depender do "ouro negro" como outros países da região.
São Tomé e Príncipe tem recursos petrolíferos, mas a sua exploração é ainda considerada demasiado dispendiosa. Ainda assim, já foram feitas propostas para a exploração de dois blocos situados na zona económica exclusiva de São Tomé.
A antiga colónia portuguesa é conhecida internacionalmente como "as ilhas do chocolate", graças ao seu cacau de qualidade. A agricultura e a pesca são outras fontes importantes de proveitos para o orçamento de estado.
Agora, o país planeia atrair investidores internacionais. A natureza exuberante e as praias paradisíacas em ilhas vulcânicas com mais de 600 espécies de plantas - que se conheçam - tornam São Tomé e Príncipe num pequeno paraíso ecológico.
O investimento no sector turístico é então um dos grandes objectivos do governo. Relativamente intocado pela agricultura intensiva, o arquipélago pode vingar enquanto destino ecoturístico.
No entanto, os obstáculos ainda existem: é muito difícil reunir fundos para investir em São Tomé. Os hotéis locais a precisar de ajuda por parte da banca vêem-se confrontados com uma taxa de 24% quando pedem empréstimos de determinados valores. Outro dos contras, é o elevado custo da viagem até São Tomé e Príncipe. Embora o custo de vida seja baixo para cidadãos da Europa, São Tomé continua a ser um luxo. Uma viagem a partir de Lisboa chega aos 850€.
O governo local também planeia expandir o aeroporto internacional. Restará saber se o desenvolvimento de São Tomé ajudará a população local, cuja taxa de desemprego é de quase 60%.
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