segunda-feira, 20 de abril de 2020

A Laura foi à descoberta da Terra do Sol Nascente - parte 2

A Laura decidiu ir à descoberta da cultura ancestral do Japão no passado Setembro. Já começámos antes a contar a história desta viagem. Hoje seguimos para Quioto, a antiga capital do Japão. Em nome próprio, a Laura conta as suas aventuras na Terra do Sol Nascente.


A aventura continua em Quioto

Ontem (22/09, 2ªfeira), partimos bem cedo para Quioto. Encontrámo-nos com a guia às 7h30 no hotel e fomos para a estação de Osaka para apanhar o comboio.

A guia deu-nos os cartão ICOCA (cartões de transporte, iguais aos SUICA que se obtêm em Tóquio) e mostrou-nos como carregar o cartão e verificar o saldo. É muito fácil de usar e dá para praticamente tudo (comboio, metro, autocarro...). Só não dá para a Japan Rail e o shinkansen (comboio-bala).

A viagem de comboio foi curta e muito agradável. Não há dúvida que o Japão tem uma óptima rede de transportes públicos.

À chegada a Quioto, a guia levou-nos ao serviço de entrega de malas e as malas de porão seguiram directamente para o nosso hotel para que pudéssemos fazer a visita guiada livremente. Mais um óptimo serviço!

Começámos a visita por Fushimi-Inari, o shrine dos toris vermelhos - é lindíssimo! - e as ruas à sua volta que são ruas típicas japonesas com as fachadas das casas em madeira.


Photo by Laura Filipe

Seguimos para o Templo Kyiomizu-dera (Pure Water Temple) que, apesar de estar com a fachada em obras, é espectacular e tem uma vista magnífica sobre a cidade. Quioto, apesar de grande, não tem arranha-céus porque, por lei, não é permitido construir edifícios muito altos para preservar a skyline da cidade. O edifício mais alto é a Torre de Quioto.

Explorámos depois as ruas do bairro de Higashiyama que são muito típicas e estão cheiinhas de meninas e meninos vestidos com kimonos - e até tivemos a sorte de ver um casal a ser fotografado em trajes tradicionais de casamento. O Japão é também conhecido pelo chá matcha e neste bairro podem provar-se amostras de diferentes doces de matcha e outros doces tradicionais.


Photo by Laura Filipe

Daqui fomos ver a rua principal de Gion, com as suas lanternas vermelhas e as casas das maikos e geishas.

Por ser Domingo e o equinócio, muitas pessoas dirigiram-se aos shrines, templos e cemitérios para rezar e honrar os seus antepassados.

Após o almoço, seguimos caminho para Kinkaku-ji, também conhecido como Golden Pavilion, que era parte da residência de um shogun que, nitidamente, gostava de se exibir. O Golden Pavilion, como o nome indica, é todo dourado é está no meio de um lago, criando uma imagem lindíssima com o seu reflexo na água. É um local muito turístico, mas vale muito a pena. Não se visita por dentro, a não ser com uma autorização muito especial.


Photo by Laura Filipe

A paragem seguinte foi Arashiyama, local da floresta de bambu e do Templo Tenryu-ji. Azar dos azares: começou a chover a cântaros quando chegámos à floresta de bambu e só vimos o início do percurso, que parece ser espectacular. Em vez disso, fomos ver o jardim e o Templo, que está à beira de um pequeno lago e que, mesmo (e especialmente!) com chuva, tem um ambiente muito tranquilo. Daí, com o abrandar da chuva, fomos ver a ponte Togetsku-kyo que, enquadrada na paisagem verde de Arashiyama, é o local preferido de muitos japoneses para encontros românticos.


Photo by Laura Filipe

Regressámos ao hotel para fazer check-in e refrescarmo-nos um pouco antes do jantar com Maiko.
Note to self: nunca marcar quartos semi-duplos no Japão - temos de pedir licença para pôr um pé à frente do outro.

Pelas 18h10, fomos com a guia até ao local do jantar com Maiko, altura em que nos despedimos dela.

Não acho que estas experiências com Maiko valham muito a pena, só para alguém que tenha uma imensa curiosidade em ver uma Maiko de perto. É extremamente turístico. Não me senti de todo à vontade. E a comida também não era nada de especial, acabámos por ir comer qualquer coisa a outro lado quando saímos.

Regressámos ao hotel e fomos rever a melhor maneira de chegar a Nara no dia seguinte, porque apesar das explicações da guia, ficámos um pouco confusos entre o metro e o comboio. Lá percebemos que a melhor maneira de chegar a Nara é através da Kintetsu Line que parte da estação de Quioto. A JR Line também funciona, mas não fica tão central em Nara. Deve apanhar-se o comboio express que dura cerca de 45-55 minutos e é directo.

Foi o que fizemos no dia seguinte, 2ªfeira, 23 de Setembro.

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