Há já alguns meses que planeava ir ao ponto mais a norte da Europa Continental. Há dois anos fiz a minha primeira viagem à Noruega e desde então ficou a curiosidade por chegar ao cabo Norte.
Fui em Setembro. Tendo deixado Lisboa num dos dias mais quentes de 2016, chego a Tromsø com 8º C. O clima, a neve no topo das montanhas, os casacos e luvas mostraram como é bem diferente o Verão no Árctico. Em Tromsø, a capital do Árctico, vivia-se um ambiente de final de época alta, numa altura em que os longos dias de Verão já tinham terminado. Tromsø seria o ponto de partida para uma viagem até ao extremo setentrional da Europa.
Fui em Setembro. Tendo deixado Lisboa num dos dias mais quentes de 2016, chego a Tromsø com 8º C. O clima, a neve no topo das montanhas, os casacos e luvas mostraram como é bem diferente o Verão no Árctico. Em Tromsø, a capital do Árctico, vivia-se um ambiente de final de época alta, numa altura em que os longos dias de Verão já tinham terminado. Tromsø seria o ponto de partida para uma viagem até ao extremo setentrional da Europa.
No dia seguinte fui levantar o automóvel que tinha alugado e logo pela manhã parti para Alta, a capital da Finnmark, a região mais a norte da Noruega. Para Alta, optei pelo caminho mais curto e mais panorâmico, mas que envolve apanhar dois ferries: primeiro Breivikeidet-Svensby e depois de Lyngseidet para Olderdalen.
À saída de Tromsø fica-se logo com a sensação de que estamos numa das zonas mais isoladas da Europa, mas com uma natureza ímpar. A partir de 31 de Agosto, o horário dos ferries é mais reduzido — tenho que apanhar o ferry das 10h em Breivikeidet para conseguir chegar a Alta ainda de dia. Já nos ferries, enquanto atravessamos os fiordes, a maior sensação é o silêncio, que ajuda a contemplar a magia daquele lugar. Na varanda do ferry entre Lyngseidet e Olderdalen éramos os únicos passageiros, e em todo o barco não seríamos mais do que dez pessoas.
Após chegar a Olderdalen, segui pela estrada E6 até Alta, contornando vários fiordes, numa viagem de mais de cinco horas, com paragem para almoçar, para fotografar as paisagens de Øksfjord e com constantes reduções de velocidade, pelas inúmeras invasões de renas na estrada.
Alta é uma pequena cidade na Finnmark, mas uma paragem importante a caminho do cabo Norte, onde acabei por passar a segunda noite da viagem. No dia seguinte, antes de continuar viagem para Norte, tinha que visitar o Museu Rupestre de Alta - World Heritage Rock Art Centre. Com arte rupestre esculpida nas rochas do Fiorde de Alta, numa área total de três quilómetros, o Museu de Alta é uma paragem única e obrigatória, onde também podemos observar o museu de arte sami, o povo indígena da Noruega.
De Alta ao cabo Norte são mais três horas de viagem — em metade do percurso já contornamos o mar de Barents, no Oceano Glaciar Árctico. Antes de chegar ao cabo Norte, é visita obrigatória a vila de Honningsvåg, com o seu porto de pesca e o bar de gelo. Nesse dia, a minha paragem para dormir seria na vila piscatória mais a Norte da Europa, Skarsvåg. Após o jantar, percorri os 13 quilómetros que separam Skarsvåg do cabo Norte.
A chegada ao Cabo Norte é um momento único, de quem está no ponto mais a Norte da Europa, com uma latitude 71º 10’ 21’’, e de quem tem o Oceano Glaciar Árctico como única fronteira norte.
No outro dia de manhã, voltei ao cabo Norte para visitar o Museu e Centro de Atendimento e assistir a vários documentários sobre o Nordkapp
À saída de Tromsø fica-se logo com a sensação de que estamos numa das zonas mais isoladas da Europa, mas com uma natureza ímpar. A partir de 31 de Agosto, o horário dos ferries é mais reduzido — tenho que apanhar o ferry das 10h em Breivikeidet para conseguir chegar a Alta ainda de dia. Já nos ferries, enquanto atravessamos os fiordes, a maior sensação é o silêncio, que ajuda a contemplar a magia daquele lugar. Na varanda do ferry entre Lyngseidet e Olderdalen éramos os únicos passageiros, e em todo o barco não seríamos mais do que dez pessoas.
Após chegar a Olderdalen, segui pela estrada E6 até Alta, contornando vários fiordes, numa viagem de mais de cinco horas, com paragem para almoçar, para fotografar as paisagens de Øksfjord e com constantes reduções de velocidade, pelas inúmeras invasões de renas na estrada.
Alta é uma pequena cidade na Finnmark, mas uma paragem importante a caminho do cabo Norte, onde acabei por passar a segunda noite da viagem. No dia seguinte, antes de continuar viagem para Norte, tinha que visitar o Museu Rupestre de Alta - World Heritage Rock Art Centre. Com arte rupestre esculpida nas rochas do Fiorde de Alta, numa área total de três quilómetros, o Museu de Alta é uma paragem única e obrigatória, onde também podemos observar o museu de arte sami, o povo indígena da Noruega.
De Alta ao cabo Norte são mais três horas de viagem — em metade do percurso já contornamos o mar de Barents, no Oceano Glaciar Árctico. Antes de chegar ao cabo Norte, é visita obrigatória a vila de Honningsvåg, com o seu porto de pesca e o bar de gelo. Nesse dia, a minha paragem para dormir seria na vila piscatória mais a Norte da Europa, Skarsvåg. Após o jantar, percorri os 13 quilómetros que separam Skarsvåg do cabo Norte.
A chegada ao Cabo Norte é um momento único, de quem está no ponto mais a Norte da Europa, com uma latitude 71º 10’ 21’’, e de quem tem o Oceano Glaciar Árctico como única fronteira norte.
No outro dia de manhã, voltei ao cabo Norte para visitar o Museu e Centro de Atendimento e assistir a vários documentários sobre o Nordkapp
.No dia seguinte, quando já regressava ao Sul, decidi ir até Havøysund pela sua National Route, uma das estradas mais panorâmicas do Norte da Noruega, que contorna o mar de Barents, numa distância de cerca de 70 quilómetros até à pequena e calma vila de Havøysund. Aí, subi até ao Arctic View, onde a vista sobre as ilhas Rolvsøy, Ingøy e Hjelmsøya é deslumbrante. Após o almoço, segui até Hammerfest, a última paragem antes de voltar a Tromsø.
Hammerfest, onde cheguei a meio da tarde, é uma calma e simpática cidade, que muito se orgulha de ser a cidade mais a norte do mundo. À noite, após o jantar, Hammerfest tornou-se mágica, quando começaram a surgir as primeiras auroras boreais. Era a primeira noite em toda a viagem em que conseguia ver auroras boreais, peguei no carro e afastei-me do centro da cidade, indo para a zona mais alta, longe das luzes da cidade. Durante cerca de uma hora, deslumbrei-me com a magia das luzes do Norte que apareciam no horizonte e se tornavam cada vez mais fortes, tornando única e inesquecível aquela noite.
No dia seguinte, estava na hora de voltar para Tromsø. Regressei no cruzeiro Hurtigruten, que liga Hammerfest a Tromsø em onze horas. A paisagem é única e não me cansei das horas que foram passadas no barco. A bordo a animação não parava, naquela que é considerada “a mais bela viagem do mundo”. No entanto, o melhor estava lá fora, onde o frio não intimidava a desfrutar da viagem na varanda do 9.º andar.
Chegado a Tromsø à meia-noite, ainda havia muito para explorar no dia seguinte. Visitei a Polaria — o aquário onde é possível ver espécies do Oceano Glaciar Árctico, assistir ao show de focas e ainda ser alertado para os perigos do aquecimento global —, e o teleférico de Fjellheinsen. Deu ainda para explorar o Polarmuseet, que retrata a vida no Árctico e várias expedições realizadas para atingir o Pólo Norte, bem como a Arctic Cathedral.
A viagem ao Ártico acaba onde começou, em Tromsø, com a certeza de que a Noruega é um país que nunca me pára de surpreender.
Fonte: Fugas
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