A Laura Filipe, uma das colaboradoras da TravelTailors, foi à Costa Rica no passado Novembro. Já começámos antes a contar a história desta viagem. Hoje seguimos para a área do vulcão Arenal e para as praias de Guanacaste! Em nome próprio, a Laura conta o que andou a fazer neste país onde se respira biodiversidade. Levantámo-nos cedinho no dia 30 e fomos fazer uma caminhada guiada pelo Parque Nacional do Arenal. O tempo estava tão nublado e chuvoso que até julguei que o vulcão tinha desaparecido durante a noite e que não iria conseguir uma única fotografia... mas estava enganada! A caminhada foi muito fácil e informativa e terminou numa espécie de miradouro para o vulcão e para o Lago Arenal. E a sorte estava do nosso lado: via-se mais de metade do vulcão e o sol começava a despontar por entre as nuvens. Pensava eu que seria a melhor vista que teria do vulcão.
Photo by Laura Filipe
Pedimos ao motorista para nos deixar em La Fortuna, em vez de regressarmos ao hotel. Aproveitámos para ver a cidade, comprar uns "regalos" e almoçar numa soda chamada La Hormiga. Experimentámos o prato típico (casado) e ficámos convencidos - um bom almoço a muito bom preço. Uma excelente recomendação do nosso guia. Da parte da tarde fomos espreitar as fontes termais do Tabacón. Não só é lindo ver a água quente (que vem do vulcão) a correr montanha abaixo, como o ambiente é muito relaxante. A opção ideal para quem quiser usufruir de águas termais em piscinas naturais. De regresso ao hotel, tivemos tempo para descansar um pouco antes de voltarmos à cidade para jantar. Mais uma óptima refeição no Don Rufino, com um serviço muito atencioso. Do Arenal a Tamarindo No dia seguinte, recebemos o carro de aluguer no hotel pelas 9h e fizemo-nos à estrada em direcção a Guanacaste, mais concretamente a Tamarindo. Pelo caminho, como que um presente de despedida, o vulcão apareceu-nos completamente descoberto e proporcionou umas das melhores fotografias que tirei.
Photo by Laura Filipe
O caminho para Tamarindo é fácil, ainda que um pouco longo (levámos cerca de 4 horas, sempre com a inestimável ajuda do GPS) e com poucos desvios. Uma opção para quem não queira fazer tudo seguido é parar em Cañas ou Liberia para comer qualquer coisa e descansar. Nós decidimos ir directos ao nosso hotel, com algumas paragens para fotografias pelo caminho - este país parece todo saído de um postal! O hotel é de estilo resort, grande, com uma enorme piscina, mesmo em cima da Playa Mansita. A praia não é muito interessante, ainda que bonita, e na maré baixa é bastante rochosa. Mas proporcionou-nos a oportunidade de observar aves pesqueiras a mergulhar no oceano em busca de alimento e um magnífico pôr-do-sol em tons de laranja e rosa.
Photo by Laura Filipe
No dia 2, tomámos o pequeno-almoço cedo e fomos preguiçar um par de horas para a piscina (ou não fosse este o país das preguiças...). Pelas 11h30/12h, decidimos que era boa altura para ir espreitar algumas praias ali próximas. Começámos por Playa Tamarindo. É uma praia grande, com muito movimento (muitos restaurantes e bares) e essencialmente dedicada a surfistas. Existem sinais a avisar sobre as correntes fortes e a recomendar cautela - não é uma praia vigiada. A areia não é totalmente preta, mas é escura e os pés ficam "encardidos". Seguiu-se Playa Grande. Do mesmo estilo de Playa Tamarindo, mas mais tranquila e mais remota, quase deserta. Faz-se uma boa parte do caminho em terra batida, mas compensa. O areal estava repleto de búzios e vimos um caranguejo eremita enorme!
Continuámos caminho para Playa Flamingo, já mais frequentada, mas mais calma que Tamarindo. É bonita, tem poucas pessoas e não me pareceu tão agreste para nadar, mas tem muitos barcos muito próximos da praia, o que me deixa dúvidas sobre se a água não sofre alguma poluição. Parámos para almoçar por aqui, já tarde, numa soda em frente à praia. De regresso ao hotel passámos por Playa Avellanas que, para mim, é uma das mais bonitas que vimos. Ajudou termos visitado já ao pôr-do-sol e as cores fazerem reflexos lindíssimos na areia molhada. Creio que seja a única praia vigiada das que visitámos, mas fiquei com a ideia de que o nadador-salvador pertencia ao beach club.
Photo by Laura Filipe
Ainda existem outras opções como Playas del Coco e Playa Samara, mas não tivemos tempo de espreitar. No dia seguinte, levantámos âncora em direcção a Monteverde onde teríamos (mais) uma aventura inesquecível.
A Laura Filipe, uma das colaboradoras da TravelTailors, foi à Costa Rica no passado Novembro. E porque viajar faz mesmo parte do ADN, não só das fundadoras, mas também dos colaboradores, queremos partilhar mais esta história de viagem pessoal.
Em nome próprio, a Laura conta o que andou a fazer neste país onde se respira biodiversidade. Tortuguero é Pura Vida A aventura começou cedo em direcção a Tortuguero. Depois de termos dormido a primeira noite em San José, o dia seguinte começou pelas 6h30 com um transfer em direcção a Guapiles, onde parámos para almoçar. No caminho até Guapiles, encontrámos esta cara simpática que, confesso, nos fez ganhar a viagem!
Photo by Laura Filipe
De Guapiles, seguimos para La Pavona onde embarcámos no barco que nos levaria ao nosso hotel. Tortuguero é diferente de tudo o que já vi. É um Parque Nacional onde se circula apenas de barco pelos canais. Este primeiro dia foi indescritível. Vimos iguanas, caimões e um crocodilo bebé. A vila de Tortuguero é um charme e o povo é incrivelmente bem-disposto e amável. O nosso hotel é quase um eco resort, com um ambiente fantástico e um menu à carta muito bom. Como têm poucos hóspedes de cada vez, os funcionários conhecem-nos pelo nome e é quase como se fôssemos uma família. Choveu ao fim do dia e durante a noite, mas o calor é tanto que a chuva torna-se refrescante. E sempre disfarça o chamado dos macacos uivadores que se ouve durante todo o dia (e de madrugada!). O dia seguinte foi passado em visita pelos canais do Parque Nacional. A quantidade de fauna que se vê nestes canais é incrível. Caimões, reptéis, várias espécies de aves e lagartos, macacos, tartarugas... Eu estava deliciada, de camera em riste, a tentar captar todo o ambiente.
Photo by Laura Filipe
Terminámos o dia com uma visita guiada nocturna na rain forest atrás do hotel. Apesar de não ser privada, calhou não haver mais participantes, pelo que fomos só nós, o guia e 3 lanternas. É uma experiência única que aconselho vivamente! Vimos várias espécies de aranhas (e uma tarântula!) - e eu que tenho medo, aguentei-me como uma valente - sapos, inclusive aquele verdinho que é o símbolo da Costa Rica. O nosso guia conseguia identificar alguns animais pelo seu chamado. Impressionante! Mais para o fim da visita, o guia sugeriu desligarmos as lanternas por 2 minutos e ficarmos simplesmente parados a escutar. Nunca me senti tão impotente e, ao mesmo tempo, maravilhada em toda a minha vida. A floresta é escura como breu sem as lanternas e não saberíamos sair dali sozinhos, mas, ao mesmo tempo, transmite uma enorme sensação de paz e wonder. Foi inesquecível. Adeus Tortuguero, olá Arenal Infelizmente, como tudo o que é bom tem um fim, abandonámos Tortuguero no dia seguinte em direcção a La Fortuna, na área do vulcão Arenal. Fizemos o caminho inverso, de regresso a Guapiles onde nos encontrámos com o David, que ia ser o nosso motorista para estes dias. Chegados a La Fortuna, parámos para comprar pomada na farmácia (os mosquitos deliraram com o meu sangue mediterrânico, ainda que repleto de repelente) e um cartão sim local. 10 euros dão para 7 dias, 3GB e whatsapp grátis, e quando acabar é só recarregar em qualquer loja. La Fortuna tem muitas opções de restaurantes e lojinhas, pelo que é importante ter carro (ou motorista) nesta zona para não se ficar confinado aos hotéis que são mais afastados da cidade. Acabámos o dia, literalmente, de molho nas hot spring pools do nosso hotel (água a 39ºC? Sim, por favor!) e a maravilhar-nos com as vistas para o vulcão, para onde nos iríamos aventurar no dia seguinte.