terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Pura Vida! A Laura foi à Costa Rica e voltou rendida - Parte 3

A Laura Filipe, uma das colaboradoras da TravelTailors, foi à Costa Rica no passado Novembro. Andou por Tortuguero e Arenal, e depois foi visitar as praias do Pacífico. Estamos quase a terminar esta viagem, mas não sem antes espreitarmos Monteverde e as águas turquesa de Manuel Antonio!
Em nome próprio, a Laura conta o que andou a fazer neste país onde se respira biodiversidade.


De Tamarindo rumo a Monteverde

No dia 4, levantámo-nos cedo e começámos a jornada em direcção a Monteverde que... não correu exactamente como esperávamos.

A ideia era fazer um caminho diferente do que tínhamos feito na ida e seguir por Santa Cruz, Nicoya, passar a ponte no Golfo de Nicoya e seguir para Monteverde. Acontece que o GPS do nosso carro achou por bem mandar-nos de volta pelo mesmo caminho (mesmo a outra opção sendo mais rápida) e, infelizmente, só nos apercebemos já quase a meio do trajecto. Fiquei furiosa. E como se não bastasse, quando chegámos a Cañas o GPS decidiu que devíamos virar numa estrada que não existia e não recalculava por nada. Resultado: ligámos o good old google maps e fizemos mais 1 hora de estrada para aprendermos.

Mas acabou por valer a pena. O trajecto que fizemos para Monteverde é todo em estrada de montanha, estreita e sinuosa (muitas partes em terra batida) e com vistas magníficas, incluindo do Golfo de Nicoya. E se alguém tem dúvidas sobre a origem do nome Monteverde, ficam inequivocamente esclarecidas: são montes verdes a perder de vista. E nós a parar a cada canto para fotografar.

Photo by Laura Filipe

Chegámos estafados, mas contentes. O nosso hotel era simpático, estilo boutique, com uma piscina e um jacuzzi. O quarto não tinha ar condicionado e, por isso, existiam alguns bichitos a fazer-nos companhia, mas nada de grave. Tem também a vantagem de estar perto da vila de Santa Elena (5 min a pé), onde existem vários restaurantes, supermercado e lojas. Almoçámos no Tree House, com óptima comida e totalmente construído em torno de uma árvore gigantesca!

Ao fim do dia fomos experimentar o jacuzzi para estarmos bem relaxados para a aventura do dia segyuinte.

E que aventura!

O pick-up foi pelas 8h em direcção ao Selvatura Park, a cerca de 20/25 minutos do nosso hotel. À chegada espera-se um pouco na fila para obter os bilhetes. Decidimos fazer o zip lining primeiro e fomos encaminhados para o local de equipamento. Já equipados a rigor, fomos levados até ao início do percurso. São 18 plataformas e 13 tirolesas. Depois de ouvirmos todas as instruções e recomendações, fizemos a primeira descida. Não é tão difícil como se espera, mas também não é tão fácil como parece. Os nervos apertam nas primeiras 4 tirolesas. Depois é que se começa a desfrutar a sério e a velocidade das tirolesas e a adrenalina aumentam proporcionalmente. A maioria é feita individualmente, mas existem duas que se fazem em casal por causa do peso. A última, com 1 km, pode ser feita em superman, ie., pendurado de barriga para baixo. Não nos aventurámos a tanto, mas experimentámos o tarzan swing. Numa palavra: espectacular!


Photo by Selvatura Park

E eu que desconhecia o meu lado aventureiro quase nem me lembrei que sofro de vertigens.

Claro que não resistimos e comprámos as nossas fotografias do zip lining para ficarmos com o registo das nossas caras de pânico iniciais. 20 USD no total e só tivemos de aceder a um site do parque e fazer download.

Depois, para abrandar o ritmo, fizemos as treetop walkways. Que vistas magníficas! Acho a rain forest mais luxuriante e bonita que a cloud forest, mas esta última tem muito encanto com o seu nevoeiro sempre presente.


Photo by Laura Filipe

Regressados à cidade, almoçámos no Tico y Rico (óptima comida local e internacional!) e tivemos ainda tempo de descansar um pouco antes da aventura nocturna. O pick-up foi às 17h40 para a caminhada nocturna que se revelou mais um belo investimento. Vimos um papa-formigas, uma preguiça com bebé, além de uma cobra venenosa e um pequeno morcego a alimentar-se pendurado numa árvore. Esta experiência não foi tão imersiva como a que tivemos em Tortuguero, mas permitiu-nos ver mais vida selvagem.


Photo by Laura Filipe


Fim da aventura em Manuel Antonio

No dia 5 levantámo-nos cedo e deixámos Monteverde em direcção a Manuel Antonio. (Mais tarde descobrimos que deixámos também os fatos de banho para trás, mas tínhamos suplentes. E, entretanto, o hotel fez a gentileza de os enviar para Portugal. Ufa!)

O caminho é fácil, mas demorado. As estradas só têm uma faixa na maioria do tempo e existem muitos camiões a circular, o que dificulta a marcha. Além de que é necessário ter atenção às ultrapassagens: os Ticos têm o hábito de ultrapassar vários carros de uma vez e chegam a ser mais de 3 carros a ultrapassar todos enfileirados.

Mas lá chegámos a Manuel Antonio e ao nosso hotel. No check-in descobrimos que nos fizeram upgrade para uma suite - para terminar esta grande aventura em beleza! O hotel é relativamente pequeno, mas os quartos são óptimos. Existem 3 piscinas (uma exclusiva das suites) e a cozinha é extraordinária, já para não mencionar o serviço. Uma aposta acertada!

Apesar de estarmos cansados, decidimos espreitar a Playa Biesanz, a 300 metros do hotel. Uma delícia! Pequena, rodeada por vegetação e quase sem ondulação. A areia é fina e a água de um tom turquesa muito convidativo.


Photo by Laura Filipe

No caminho de regresso ao hotel tivemos uma enorme surpresa: entre 10 a 15 macacos Titis apareceram a caminhar em fila indiana pelos cabos da electricidade! E nós que ainda não tínhamos visto macacos tão de perto (e esta espécie é particularmente adorável), ficámos encantados para não dizer histéricos.

Esta viagem surpreendeu sempre até ao fim.

No dia seguinte tivemos o pick-up cedo para uma caminhada no Parque Nacional de Manuel Antonio. Pode não ser o parque mais importante nem o maior da Costa Rica, mas é certamente um dos mais bonitos!
Durante a caminhada tivemos oportunidade de ver mais macacos, preguiças, iguanas, morcegos... Mas o ponto alto foi a praia. Depois de quase 2 horas a caminhar com calor e humidade, chegámos à praia de Manuel Antonio. Mais água turquesa e areia branca e quase sem corrente. Claro, não resistimos e fomos dar uns mergulhos. É o local perfeito para passar uma óptima tarde. Só é necessário ter atenção aos macacos Cappuccinos que passeiam pela praia e, quando podem, gostam de levar souvenirs dos visitantes do Parque.


Photo by Laura Filipe

No último dia, arrancámos para o aeroporto com bastante tempo de antecedência com receio de atrasos por causa do trânsito e dos camiões. Correu tudo bem e chegámos um pouco adiantados, mas antes assim.

Estou certa que farei outras viagens na América, mas esta foi a viagem de uma vida pela qual terei sempre um carinho muito especial. E voltarei, porque há ainda muito por descobrir e explorar!

Pura Vida!

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