sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Não há um mês mau para visitar a Austrália - e quase todos são bons para ir ao Canadá

Lonely Planet lançou Where to go When com 30 propostas de destino para cada mês do ano. Portugal aparece várias vezes, a primeira logo em Fevereiro.
Até pode desconfiar, quando chegar ao mês de Fevereiro e encontrar nas sugestões de viagem o Sul de Portugal. Algarve e a Costa Vicentina em Fevereiro? Então e as praias, que são a razão pela qual mais de meio mundo para ali se desloca? Tenha calma. Leia lá a justificação que os autores do livro Where to go When, da Lonely Planet, encontraram para esta escolha.
Canadá

Há os preços, que são bem mais baixos do que no Verão, a ausência de multidões e a possibilidade de explorar o interior (nem se esqueceram de referir a belíssima Monsaraz ou o centro histórico de Évora). “Perfeito para passeios a pé ou de bicicleta”, dizem eles. É certo que também dizem que o tempo é “ameno” e que a Primavera “chega cedo”, e quanto a isto tínhamos uma ou duas coisas a contrapor. Mas o livro, publicado em Dezembro último, há-de ser lido por viajantes de todo o mundo, incluindo de alguns países onde os 16 graus referidos pelos autores são mesmo temperaturas apetecíveis. E se ainda assim não se sente tentado a ir para o Sul do país em Fevereiro, não se preocupe. As alternativas são muitas.
Para sermos mais concretos: 30. São 30 propostas de destino para cada mês do ano, que procuram abranger os interesses variados de quem vai viajar. Quer desportos de neve, canoagem ou viagens de comboio inesquecíveis? É doido por vida selvagem ou só vai a um sítio que sabe ter arquitectura fabulosa? Quer mesmo que o deixem pescar ou, por outro lado, é a barriga quem comanda o seu destino e só se interessa por locais com iguarias de comer e chorar por mais? Ou gosta mesmo é de sentir um volante nas mãos e conduzir pelas estradas mais cénicas do mundo? Estas são apenas algumas das preferências que merecem destaque nesta obra recente (e apenas em inglês, que pode ser adquirida online por cerca de 17 euros) e, se é por algum destes temas que se guia, o que lhe sugerimos é que passe directamente ao índex no final do livro e procure o seu destino de sonho aí.
Por exemplo, se decidiu que este é o ano em que vai ver ursos polares, dirija-se às páginas 158 e 240, onde encontrará, respectivamente, a sugestão para aproveitar o mês de Julho e dar um salto a Svalbard, na Noruega, ou espere por Outubro e vá a Manitoba, no Canadá.
O Canadá, que este ano aparece em praticamente todas as listas especializadas como “a” viagem a fazer, é uma boa opção para viajar em quase todos os meses do ano, segundo os autores de Where to go When. De facto, o país apenas não aparece referido nos meses de Abril, Setembro e Novembro. Mas há outros locais que fazem o pleno, e se precisava de uma desculpa para ir conhecer a Austrália, a Nova Zelândia ou os Estados Unidos da América, folheie o livro de fio a pavio: diferentes pontos destes três destinos aparecem como sugestão para todos os meses o ano.
São, aliás, vários os países que aparecem como sugestão em mais do que um mês e Portugal não foge à regra. Se planear viajar cá dentro ao sabor da mais recente obra do gigante Lonely Planet, dê lá um salto ao Sul em Fevereiro (e depois conte como foi), vá a Lisboa em Junho, guarde Julho para os Açores, Setembro para a Madeira e Outubro para o Porto e o Vale do Douro.
Sydney, Austrália

Mas o Outono e a vindima ainda vêm longe, por isso o melhor é começar por olhar mesmo para Janeiro. A lista é grande, mas veja lá se consegue percorrê-la sem encontrar algo que lhe apeteça: Uganda, Flórida (Estados Unidos da América), Lanzarote & Fuerteventura (Espanha), Eslovénia, Suíça, Colômbia Britânica (Canadá), Budapeste (Hungria), Tasmânia (Austrália), Etiópia, Serengeti (Tanzânia), Transilvânia (Roménia), Sydney (Austrália), o Comboio Transiberiano, Colômbia, a ilha de Granada, o Leste da Polónia, Bulgária, Birmânia, a Costa Catlins (Nova Zelândia), Honshu (Japão), Kerala (Índia), Viena (Áustria), a Costa Andamão (Tailândia), a ilha Lord Howe (Austrália), Botswana, Guatemala, Península da Antártida, Colorado (Estados Unidos da América), St. Lúcia e Wellington (Nova Zelândia).
Inspirado? É isso mesmo que pretendem Sarah Baxter e Paul Bloomfield, que assinam o prefácio da obra, no qual se lê: “Este livro vai dar-lhe opções e conselhos – e talvez o faça considerar locais nos quais nunca tinha pensado." Afinal, (exemplificam eles), de que lhe vale comprar um bilhete de avião para o Peru, na esperança de fazer o trilho inca até Macchu Picchu no mês de Fevereiro, quando este está fechado? Vá, vá lá ler o livro e depois, quem sabe, talvez encontre um companheiro de leitura a procurar gorilas no Uganda, antes de Janeiro acabar.
Fonte: Fugas - Público

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